Produção de aço bruto na América Latina segue tendência de queda, enquanto as importações aumentam.

Durante o mês de agosto, manteve-se a tendência dos meses anteriores. Tanto a produção de aço bruto quanto a de laminados registraram valores em queda, assim como o consumo aparente. Embora as importações tenham apresentado uma queda em agosto, elas continuam com um forte avanço em 2025. Enquanto isso, as exportações continuaram apresentando fraqueza e registraram em agosto o menor valor para esse mês desde 2011. Assim, a balança comercial da indústria siderúrgica latino-americana foi deficitária e acumulou 16,2 MT no acumulado do ano. 

A produção de aço na América Latina continua com tendência negativa. Enquanto a produção de aço bruto, no oitavo mês do ano, totalizou 4,6 Mt, registrando uma queda anual de -6,2%, a produção de laminados apresentou quedas de -11% ao ano e um acumulado de -3,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O consumo aparente de laminados atingiu 6,0 Mt em agosto, com uma queda de -9,4% em comparação com agosto de 2024. Como resultado, totalizou 49,7 Mt no período de janeiro a agosto, com um aumento de +1,6% em relação ao ano anterior. Cinco das seis principais economias da região apresentaram aumentos neste período, com exceção do México.

Em relação às importações, embora tenham apresentado uma queda no mês de agosto em comparação com o mesmo período do ano anterior, ainda se registra um forte avanço durante 2025. Em agosto, as compras no exterior apresentaram uma queda de -6,1% em relação ao ano anterior, com um total de 2,4 Mt. A Argentina e o Brasil destacam-se com aumentos nas importações, enquanto o México apresenta uma contração. No acumulado do ano, observa-se um crescimento de 7,0% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Durante agosto, a América Latina exportou 0,43 Mt de produtos laminados, o que representa uma queda interanual de -16,0%. Como resultado, a balança comercial da região apresentou um déficit de 1,9 Mt em agosto, acumulando 16,2 Mt nos oito meses.

Para os setores que demandam aço, o panorama continua complexo e indicadores negativos são observados em quase todas as áreas, tanto na construção quanto em máquinas e produtos de uso doméstico, que vêm acumulando quedas. No entanto, o setor automotivo, após dois meses em queda, apresentou um aumento no mês de setembro.