A OCDE alerta sobre o excesso de capacidade e o aprofundamento da crise no setor siderúrgico global

O Comitê de Aço da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) alertou sobre o crescente excesso de capacidade do aço, impulsionado principalmente por um aumento acentuado nas exportações de aço de baixo preço, e estimou que poderia chegar a 721 milhões de toneladas até 2027. 

Em particular, o comitê destacou que as exportações de aço da China dobraram desde 2020, atingindo 118 milhões de toneladas em 2024, enquanto suas importações caíram quase 80%. Esse cenário tem um impacto direto no comércio global devido ao excesso de oferta de produtos manufaturados chineses. Ao produzir exponencialmente mais do que as necessidades de seu mercado doméstico, produtos e manufaturas, como o aço, inundam o resto do mundo com subsídios desproporcionais.

O Comitê identificou economias onde a capacidade do aço está crescendo rapidamente, como a China, como uma das causas estruturais da crise atual.  Os significativos subsídios chineses em 2024, incluindo subsídios, incentivos fiscais, preços diferenciados de eletricidade e empréstimos abaixo do mercado para empresas siderúrgicas na China e em outros países, exacerbaram os problemas de excesso de capacidade do aço e representarão desafios adicionais ao comércio internacional e à estabilidade do setor.

Diante desse cenário, eles reiteraram a necessidade de fortalecer a cooperação internacional para enfrentar os desafios atuais, em que governos, especialistas e participantes do setor possam trocar as melhores práticas, discutir ferramentas de políticas públicas e apresentar soluções para garantir uma concorrência justa.

Para ler a declaração completa do Presidente do Comitê do Aço da OCDE, Ulf Zumkley,