Em março, a produção de aço bruto e laminado na América Latina interrompeu a tendência negativa dos últimos seis meses. Embora o consumo durante 2025 esteja aumentando, o volume de importações atingiu o nível mais alto – durante um mês de fevereiro – dos últimos 15 anos, com uma participação média de importações de 40% do consumo aparente de aço laminado.
A produção de aço bruto na América Latina atingiu 4,9 milhões de toneladas (Mt) em março, um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. Esse aumento reduziu o declínio acumulado até agora neste ano para -1,7% em comparação com o mesmo trimestre de 2024. A expansão foi impulsionada pelos resultados de março no Brasil, México e Argentina.
A produção de aço laminado alcançou 4,5 Mt em março, com crescimento tanto em produtos longos (+6,6% em relação ao ano anterior) quanto em produtos planos (+3,6% em relação ao ano anterior), o que compensou a queda em tubos sem costura (-13,4% em relação ao ano anterior). Embora a produção de produtos laminados tenha melhorado em comparação com o mesmo período do ano anterior (+4,7%), a produção acumulada anual permanece negativa (-2,5% em relação ao 1T-2024).
Em relação à balança comercial, foi registrado um déficit de 3,6 Mt nos dois primeiros meses de 2025, constituindo o maior desequilíbrio comercial dos últimos 15 anos para esse período. As importações totalizaram um nível recorde em fevereiro (2,2 Mt) e cresceram 10,3% em relação ao ano anterior. As exportações atingiram 0,6 milhão de toneladas em fevereiro e avançaram 8,3% em relação ao ano anterior.
O consumo aparente de produtos laminados atingiu 5,7 Mt em fevereiro, registrando um aumento de 3,4% em comparação com o mesmo período de 2024. Isso se deve à recuperação da demanda no Brasil e na Argentina, que ajudou a compensar a queda no México.
Em relação à cadeia de valor, os setores de demanda de aço mantém a disparidade. A atividade de construção mostra a primeira taxa positiva em seis meses e um crescimento moderado é registrado na produção de máquinas e automóveis.
A maioria dos setores demandantes de aço apresentou aumentos em relação ao mesmo período do ano anterior, com uma expansão na atividade de construção de 5,4% em relação a março de 2024, e a indústria com um aumento de 3,3% em comparação com março do ano anterior).
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