Cifras mensais da indústria do aço latino-americana

A produção de aço bruto e laminado na América Latina em fevereiro manteve sua tendência de queda. O consumo mostra uma melhora, embora não seja homogêneo entre os diferentes tipos de produtos, com destaque para o segmento de planos, que sustenta um aumento na demanda. Em relação à balança comercial, o saldo deficitário em janeiro se aprofundou, como resultado do crescimento das importações.

Em fevereiro de 2025, a produção de aço na América Latina continua em declínio. Em comparação com o mesmo período, foi observada uma diferença de 0,4 milhão de toneladas (Mt).

A produção de aço bruto alcançou 4,6 Mt em fevereiro de 2025, registrando uma queda anual de -3,5% – a quinta contração consecutiva – e acumulando uma queda de -3,2% nos dois primeiros meses do ano.

A produção de aço laminado totalizou 4,0 Mt, com uma queda de -5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e -4,9% no acumulado anual. Seguindo a tendência de janeiro, as quedas mais significativas foram observadas em tubos sem costura (-12,4% em relação ao ano anterior), planos (-8,5% em relação ao ano anterior) e longos (-2,0% em relação ao ano anterior). Embora o Brasil tenha tido um saldo positivo, não conseguiu compensar os valores negativos da Argentina e do México.

Durante o primeiro mês do ano, o consumo aparente de produtos laminados atingiu 6,3 Mt, registrando uma expansão de 3,9% em relação a janeiro de 2024. O maior consumo é observado em produtos planos e longos, enquanto os tubos sem costura apresentaram um saldo negativo. Embora o México e a Argentina continuem em declínio, os resultados positivos do Brasil ajudaram o saldo regional.
A balança comercial, durante o primeiro mês de 2025, apresentou um saldo negativo de 1,9 Mt. Embora mostre uma ligeira melhora em relação aos meses anteriores, foi o maior déficit comercial dos últimos 15 anos para um mês de janeiro. Entre as causas, foi registrado um aumento de 16,2% nas importações.

Em relação à cadeia de valor, os setores de demanda de aço mantêm a disparidade. A atividade de construção mostra a primeira taxa positiva em seis meses e um crescimento moderado é registrado na produção de máquinas e automóveis.